segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Atriz faz campanha para grávidas não abandonarem seus cães

                                    

Betty Gofman posa, aos oito meses de gestação de gêmeas, com Menina, Lilica e Sofia, suas três cachorras. A atriz quis ser fotografada assim, quase parindo e ao lado de suas "galguinhas", para dar início a uma campanha contra o abandono de cães por mulheres grávidas.
As pessoas sempre me perguntam: "o que você vai fazer com seus cachorros agora que está grávida?". "Eu acho essa pergunta cretina, fico indignada", diz. "Isso me deixa louca porque é muita ignorância das mulheres que esperam bebês, e dos médicos também, acharem que os cachorros fazem mal à saúde da família".

Betty alerta que, por causa de toda essa desinformação, muita mulher grávida acaba doando ou abandonando seus cachorros na rua. "Fico chocada", diz. "A pessoa amava seu cachorro e depois quer se livrar dele?".


Betty costuma cuidar de cachorros abandonados na rua para depois entregá-los a quem se interesse por adotá-los. "Dou um trato legal e tenho a ajuda de três veterinários". Ela conta que já cuidou de mais de cem cães e gatos abandonados antes de doá-los. "Sou uma casa de passagem, recupero os bichos e depois dou para quem estiver querendo de verdade". Quer ver Betty revoltada? Diga algo do tipo: "Bem que ela podia ajudar também as crianças e os velhinhos desamparados".


"Quem fala essas coisas costuma ser um espírito de porco que não ajuda ninguém. Quem tem senso de solidariedade vê que cada um faz sua parte. A minha é essa". 


*Lembrando que gatos são também fruto do preconceito em relação a mulheres grávidas.

Fonte: Coluna Gente Boa/ Jornal O Globo

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Contra um crime covarde

"Entre a brutalidade para com o animal e a crueldade para com o homem, há só uma diferença: a vítima..."
Essa frase contundente estampou o verso das camisetas usadas pela maioria dos participantes da Caminhada Contra a Crueldade com os Animais, realizada ontem à tarde, em São Sepé. Na frente, havia a foto de um cachorro e seu nome, Amigo.


O cão Amigo foi a inspiração para a manifestação, que reuniu uma pequena multidão pelas ruas da cidade. No último dia 19, ele morreu, vítima de envenenamento, crime que tem dizimado não apenas animais de rua, mas também bichos de estimação.
Amigo, que não tinha raça definida apareceu na cidade no ano passado, na época da Semana Farroupilha. Acabou conquistando os moradores, que o adotaram e alimentaram. Este ano, ganhou casa própria, no lar da funcionária da Fundação Cultural de São Sepé, Jaqueline Cunha. Após ver o animal agonizar, vítima de estricnina, ela idealizou o protesto, que uniu crianças, jovens, adultos e idosos, para exigir respeito à vida animal.
"Matar um animal é um crime ambiental e tem de ser denunciado", diz Jaqueline.

Dezenas de alunos do Colégio Madre Júlia, um dos locais preferidos de Amigo, participaram da manifestação carregando bichinhos de pelúcia. Adultos levaram fotos de cães e gatos mortos por envenenamento, além de cartazes com o número de telefone da Brigada Militar para denúncias.

"Uma pessoa que envenena um animal é desprovida de sentimento. É uma estupidez". Opina Jaqueline.

Ainda não foi registrada uma ocorrência na polícia, mas um veterinário atestou a morte por envenenamento.


Cachorros participaram da caminhada. Conforme a comunidade, animais de estimação também estariam sendo envenenados nos pátios das suas casas.


Por Tatiana Py Dutra
Fonte: Clicrbs